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Xiaomi

A companhia de tecnologia chinesa Xiaomi possua uma história digna de contos de fadas. Menos de três anos após seu nascimento, a fabricante de smartphones atingiu um valor de mercado próximo dos US$ 4 bilhões e evocou de seus clientes uma adoração semelhante à da Apple. 
O fundador da Xiaomi, Lei Jun, que hoje possui 42 anos, é frequentemente comparado a Steve Jobs e admite que o visionário da Apple sempre foi uma inspiração. "A imprensa chinesa me chama de Steve Jobs da China", disse em entrevista à Reute
rs. "Eu aceito como elogio, mas este tipo de comparação vem junto de uma grande pressão", completou.
Lei foi um dos principais investidores da internet no início da web na China, além de ter ajudado a fundar três startups, sendo que uma delas foi vendida à Amazon.
O último dispositivo lançado pela empresa, em outubro deste ano, vendeu 300 mil unidades. E o segredo, segundo Lei, é simples: o smartphone possui especificações similares ao Galaxy S3 da Samsung e do iPhone 5 da Apple, mas é vendido por US$ 370, metade dos preços dos aparelhos das demais companhias.
O interessante é que diferente das fabricantes de celulares locais como Lenovo, ZTE e Huawei, que vendem seus dispositivos pelas operadoras, a Xiaomi comercializa grande parte de seus smartphones por meio de sua loja online e sempre em pequenos lotes.
A estratégia de vendas cria uma demanda reprimida que dá à companhia uma repercussão voluntária. O primeiro pacote com 50 mil celulares lançados no dia 30 de outubro foi vendido em menos de dois minutos e os lotes subsequentes também desapareceram em menos de uma hora.
O fundador, que possui cerca de 4 milhões de seguidores do microblog chinês, Weibo, aproveita da popularidade para alimentar os rumores. Ele publica teasers sobre seus produtos e divulga datas de lançamentos dos lotes em sua página pessoal.
"Nesta indústria, eu acredito que o mais importante é conseguir a admiração dos clientes", disse. "Se você for popular, você consegue o sucesso", comentou.
Desta forma, a Xiaomi, mesmo tendo lançado o primeiro smartphone um ano e meio após seu nascimento, já está prestes a vender 7 milhões de unidades este ano, superando a meta dos 2 milhões. 
"Nossa empresa não busca volume em vendas, mas a satisfação do cliente. Nós sempre pensamos em surpreendê-los", comentou.
Via: Olhardigital

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