Reuters. Por Sarah McBride - O Facebook por fim tem um concorrente sério. Ao menos é o que acredita Sergio Monsalve, experiente investidor em mídias sociais.
Executivos de capital de risco como Monsalve estão vendo sinais iniciais de que o Google+, que conquistou 25 milhões de usuários desde o seu lançamento em junho, está no caminho certo.
A rede social criada recentemente pelo Google, que tem Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, como membro, foi recebida por alguns com ceticismo até o momento. Alguns observadores estão esperando para ver se ela conseguirá manter o ímpeto demonstrado nos seus primeiros meses.
Outros encontram motivos para otimismo. Monsalve, que investiu em diversas empresas iniciantes de serviços ao consumidor via Internet, está entre os profissionais que consideram que a situação é promissora.
Se a criação do presidente do Google, Larry Page --a qual, segundo alguns críticos, imita melhor do que o Facebook a categorização instintiva de amigos que acontece na vida real-- conseguir realizar seu potencial, isso significará um momento decisivo para seu maior rival.
A expectativa generalizada é de que o Facebook abra logo seu capital, talvez ainda em 2011, caso não surjam novas perturbações nos mercados. O surgimento de um desafiante sério, já que até agora a empresa não tem concorrência real, certamente faria com que alguns investidores pensassem duas vezes e poderia até prejudicar a avaliação inicial da empresa.
"O conteúdo é muito mais rico e interessante" do que o que se vê tipicamente no Facebook, diz Monsalve, que investiu recentemente na myyearbook.com e trabalhou em estreita colaboração com o MySpace nos dias áureos do serviço, quando comandava o marketing do Photobucket.
Há muito em jogo. O Facebook deve obter faturamento publicitário de 4,05 bilhões de dólares neste ano, de acordo com a eMarketer. A comScore, uma empresa concorrente de pesquisa de mercado, estima que os usuários norte-americanos passem em média 434 minutos mensais no site, que conta com 750 milhões de usuários em todo o mundo.
A questão no futuro próximo será determinar o quanto --e se-- o Google+ reduzirá do tempo médio de uso mensal do Facebook.
"Não é como se cada minuto dedicado ao Google+ fosse um minuto a menos de uso do Facebook", disse Lou Kerner, analista da Wedbush.
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